O Dízimo, às vésperas do Natal


Algumas ações essenciais na vida praticamos com tanta regularidade que acabamos por incluí-las na rotina e, com isso, deixamos de refletir sobre a sua importância e significado vitais. Quem é que pensa no como é bom respirar livremente?! Geralmente só pensamos nisso diante de um jato de fumaça que um veículo expele em nossa direção ou quando um odor desagradável invade nossas narinas ou, ainda, quando um resfriado, uma rinite, uma crise de asma ou bronquite nos acometem. Correndo o risco de um desvio do tema deste artigo – estas circunstâncias desconfortáveis à nossa respiração são um dos poucos elementos que, enquanto duram, nos obrigam a refletir sobre a questão ecológica – e a agressão que nós humanos cometemos contra a natureza em prejuízo das gerações futuras.

Dito isto, voltemos ao tema desta reflexão: o Dízimo.

Grande parte dos dizimistas, tanto os antigos como os mais recentes, no exercício de sua fidelidade dizimal, acabam por transformá-la em um compromisso entre os demais de sua rotina de vida e paulatinamente vão deixando de refletir com maior intensidade sobre o significado de sua condição de dizimistas na comunidade. Mas o fim do ano se aproxima e em atitude de avaliação da nossa caminhada de fé talvez valha a pena refletir um pouco sobre isso e, claro, sobre outros aspectos de nossa pertença à Igreja, Corpo de Cristo, povo de Deus e com Deus - a caminho.

Quantas situações acontecidas neste ano que cada um pode rememorar – algumas muito alegres e dignas de celebração, outras tristes que só nos fazem lamentar. Existem, também e até em maior número, as situações que preencheram nossa rotina apressada e das quais já nem conseguimos nos lembrar. Esquecemos a maioria das coisas que acontecem em nosso dia a dia e muito poucos se lembram até mesmo do que aconteceu no dia de ontem.

O risco do esquecimento é uma das causas que exigem de nós a celebração da vida, para que não nos esqueçamos daquilo que é essencial.

Por isso celebramos os aniversários e, dentre eles, o aniversário mais especial que é o Natal, festa do nascimento do menino Jesus, prenúncio e início do mistério pascal de Cristo que se consuma na sua paixão, morte e ressurreição – e que, como memorial vivo de nossa libertação, celebramos na Eucaristia em contínua atualização do Mistério de Cristo. O dízimo deve ser visto nessa dimensão celebrativa, afinal, ele é o fruto do nosso trabalho, dom que recebemos de Deus e que a Deus restituímos com espírito de ação de graças, tanto por tudo que Deus nos oferece gratuitamente, quanto pelo privilégio de poder partilhar entre irmãos. O dízimo é um acontecimento que gera vida e dinamismo à nossa comunidade e que traz a ela a possibilidade de proclamar a Boa Nova de Deus a todas as pessoas de boa vontade.

A equipe da pastoral do dízimo expressa a todos os paroquianos os votos de um Santo Natal e um feliz e abençoado Ano Novo!

por Luiz Tarciso Souza

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